quinta-feira, 26 de abril de 2012

DIAS NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE À HIPERTENSÃO ARTERIAL


No dia nacional de prevenção e combate à doença, pesquisa do Ministério da Saúde revela que 22,7% dos brasileiros são diagnosticados como hipertensos

 

   Nesta quinta-feira (26), é o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial e o Ministério da Saúde divulga avanços no controle e no tratamento da doença. Em um ano do programa Saúde Não Tem Preço, 6,9 milhões de hipertensos tiveram acesso a medicamentos gratuitos nas mais de 20 mil farmácias e drogarias privadas credenciadas.
   “Este é um programa prioritário para o governo federal. A ampliação no acesso ao tratamento tem sido decisiva para reduzir as internações e os agravamentos ocasionados pela doença, além de melhorar consideravelmente a qualidade de vida das pessoas que convivem com a hipertensão”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
   Segundo o Vigitel 2011 (levantamento Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), a hipertensão arterial atinge 22,7% da população adulta brasileira. O diagnóstico em mulheres (25,4%) é mais comum do que entre os homens (19,5%).
   A frequência da doença avança com o passar dos anos. Se entre 18 e 24 anos, apenas 5,4% da população relatou ter sido diagnosticada hipertensa, aos 55 anos a proporção é 10 vezes maior, atingindo mais da metade da população (50,5%) estudada. A partir dos 65 anos, a mesma condição é observada em 59,7% dos brasileiros. A maior frequência de diagnóstico em mulheres ocorre em todas as faixas etárias.
   A pesquisa também aponta que o nível de escolaridade tem forte influência no diagnóstico da doença entre a população feminina. Enquanto 34,4% das mulheres com até oito anos de escolaridade afirmaram ter diagnóstico médico de hipertensão arterial, o percentual é menor - 14,2 % - entre mulheres com nível superior de educação.
   A capital com menor proporção de pessoas com hipertensão arterial é Palmas (12,9%), enquanto a maior frequência foi encontrada no Rio de Janeiro (29,8%), onde é maior a proporção de idosos.

Saúde não tem preço

   Além de hipertensos, diabéticos também recebem remédios gratuitos para tratamento da doença. No primeiro ano do programa, lançado em fevereiro de 2011, houve expansão dos pontos de retirada dos medicamentos, com crescimento de cerca de 40% na rede de farmácias credenciadas.
   Para obter quaisquer dos 11 produtos disponíveis na rede, basta a apresentação de CPF, documento com foto e receita médica válida. Além de dar mais transparência e fortalecer o controle dos repasses feitos pelo ministério às farmácias privadas, este cadastro evita a automedicação.
 
Promoção da saúde

   O Ministério da Saúde tem realizado uma série de ações para redução dos fatores de risco para a hipertensão arterial. Acordo firmado com a indústria alimentícia em 2011 está reduzindo os níveis de sal em alimentos como macarrão instantâneo, bisnaguinhas e salgadinhos prontos. Apenas com a redução prevista no pão francês, estima-se a retirada do mercado de 3.957 toneladas de sódio até 2014.
   O sedentarismo, que também é fator de risco para a doença, é atacado pelo programa Academias da Saúde, que prevê a criação de espaços equipados para a realização de atividades físicas, com acompanhamento profissional e em sintonia com as unidades básicas de saúde. Somente no primeiro ano, mais de sete mil propostas foram inscritas em todos os estados e no Distrito Federal. Pesquisas do Ministério da Saúde indicam que a disponibilidade de espaços públicos para a prática de exercícios eleva em até 30% a frequência de atividades físicas nestas comunidades.

Hipertensão

   A pessoa é considerada hipertensa quando a pressão arterial é igual ou superior a 14 por 9. A doença é causada pelo aumento na contração das paredes das artérias para fazer o sangue circular pelo corpo. Esse movimento acaba sobrecarregando vários órgãos, como coração, rins e cérebro. Se não for tratada, a hipertensão tem complicações como entupimento de artérias, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e infarto. “O fumo, o sedentarismo e uma dieta rica em sódio e gordura são vilões para a pressão arterial”, enfatiza o ministro.

FONTE: PORTAL DA SAÚDE

quarta-feira, 25 de abril de 2012

FÉRIAS PARA A BALANÇA!

   Por várias vezes percebi alunas, principalmente elas, subindo na balança da academia todos os dias, ou até 2 vezes por dia, uma ao chegar e outra ao ir embora. 
   Por várias vezes também pedi que não fizessesm isso, que evitassem esse vício diário, pois esse costume poderia atrapalhar, e em muitas vezes atrapalha mesmo, o processo do emagrecimento. Se não emagrecemos de um dia para o outro, para que se pesar todos os dias? Só mesmo para gerar mais ansiedade e assim dificultar que se alcance o objetivo.
   Pensando nelas, explicarei com detalhes como funciona o processo baseado em tese da nutricionista Adriana kachani. Esta tese foi defendida no Instituto de Psiquiatria da USP.
   A briga com a balança pode desencadear ansiedade, dependência e fuga depois de um fim de semana de abusos na alimentação. 
   Essa "neura" pode atrapalhar todo um trabalho de emagrecimento. 

   A pesquisa da nutricionista foi aplicada em 125 pessoas com ou sem transtornos alimentares, como anorexia e bulimia. Os resultados mostraram que as mais insatisfeitas com seus corpos se pesam mais e que a maioria sobe na balança querendo mais coisas além de saber o peso, se pesam também para saber o quanto podem comer ou se precisam fazer mais exercício. Outros sobem na balança todos os dias para se lembrar de que não estão magros e precisam malhar. 
   Pesar-se demais não quer dizer necessariamente que a pessoa tenha transtorno alimentar, mas, segundo Táki Cordás, psiquiatra e co-orientador da tese, é um alerta de que é preciso observar outros sinais, por exemplo, se ela tem preocupação exagerada com o físico, se ela pauta a vida pela pesagem e se fica angustiada quando não se pesa.
   Há outros vícios para conferir as medidas, como olhar no espelho repetidamente, experimentar roupas ou apertar dobrinhas.
   Quando os números da balança não agradam, a frustação pode ser grande. "Depois de decepções a pessoa pode parar de se pesar. Isso só atrapalha. A pesagem é fundamental para quem quer perder peso", diz Kachani.
   Há casos de pessoas que juram de pés juntos que, em um dia, podem engordar um quilo e meio. Já outros vêem o peso diminuir de segunda a sexta e aumentar nos fins de semana.
   Os dois não estão errados: o peso pode variar de um dia para outro. Mas não podemos nos esquecer de que 70% do nosso peso é água. Se você tomou mais líquido e urinou menos já justifica a mudança.
   Durante o dia, só com comida e bebida dá para ganhar mais de um quilo. Depois de metabolizados, alimentos mais salgados ou condimentados (como comida japonesa) ajudam a reter líquidos e influenciam no peso.
   Outros fatores, como mal funcionamento do intestino, hormônios femininos e atividade física também interferem. Dependendo da pessoa, um jantar pode render até dois quilos a mais nos próximos três dias. Esse ganho de peso, porém, não é real.
   Mesmo a gordura sendo metabolizada rapidamente, só dá para saber se a pessoa engordou depois de uns quatro dias, de acordo com os médicos. Por essas e outras eles não recomendam a pesagem diária, muito menos mais de uma vez por dia, antes ou depois de exercícios.
   Por isso insistir nessas manias que geram mais ansiedade, como se pesar repetidamente só vai dificultar.
   Como a perda de peso saudável deve ser gradual (500 g por semana), o ideal é subir na balança semanalmente ou até quinzenalmente.
   Outro fator importantíssimo a observar é o aumento da massa magra (muscular), que vai interferir diretamente no peso total.
   O que sempre indico aos meus alunos é conferir exporadicamente se está emagrecendo pelas roupas que estavam apertadas ou furo do cinto que costumava usar, assim dá pra ter alguma noção do processo. Mas fundamental é a cada 2 ou 3 meses de treino fazer uma avaliação física, assim, poderemos estimar a gordura que "foi embora" e a musculatura que "adiquiriu".

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Como manter a força, o equilíbrio e a flexibilidade após os 50?

   
    Após cinco mil avaliações, um levantamento do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafiscs), iniciado em 1997 e encerrado no final de 2011, conclui que praticar exercícios físicos regularmente, pelo menos 150 minutos na semana, garante estabilidade física ao idoso por 15 anos, com manutenção da força, do equilíbrio e da flexibilidade. O resultado oficial deste importante levantamento foi divulgado oficialmente esta semana.
   O reumatologista, membro titular da Sociedade Brasileira de Reumatologia, Dr. Carmo de Freitas, reforça a importância da atividade física regular. “Sempre ressalto com meus pacientes, cuja maioria já passou dos 50 anos, a importância da reabilitação física. Muitas doenças reumáticas estão relacionadas à obesidade e ao sedentarismo”, diz. Além de indicar aos seus pacientes, o médico dá o exemplo. Há mais de cinco anos é praticante regular de Pilates, uma modalidade de atividade física que trabalha, justamente, força, equilíbrio e flexibilidade: as três habilidades indicadas pelo estudo da Celafiscs que começam a declinar já a partir dos 50 anos.
  “Sinto a disposição de um jovem”, comenta o reum atologista, que tem na mãe outro grande exemplo dos benefícios advindos da prática regular de exercícios físicos. D. Zélia Silva Gonzaga de Freitas, aos 94 anos, também é praticante de Pilates e tem uma disposição de dar inveja em muito jovem. “É preciso ter a consciência de que, por mais fantástico que seja o desempenho de nosso sistema músculo-esquelético, ele se desenvolveu dentro de condições ambientais bem diferentes das quais nos encontramos atualmente. O homem primitivo caminhava e se exercitava naturalmente na sua busca de alimento e proteção contra predadores. Nossa conformação corporal está adaptada a este exercitar constante da musculatura e, por isso, é tão importante realizar exercício corporal no dia-a-dia”, afirma Dr. Carmo de Freitas.
Fonte: Blog Estadão