Todos aqui já devem ter ouvido falar de "intolerância á lactose", e devem estar se perguntando que isso tem de relação com emagrecimento.
Muitos de meus alunos e alunas de academia tem aquela velha queixa sobre a dificuldade de emagrecer: "...poxa estou malhando há um tempão , estou na dieta e nada acontece..."
Sei que muitos mentem, que exageram no fim de semana, outros estão muito anciosos, mas alguns realmente tem uma dificuldade gigantesca de reduzir gordura corporal. Toda semana sai em revistas uma dieta milagrosa ou um estudo novo sobre o assunto, mas que atende alguns, e outros continuam na mesma.
Pois é, para os que estão realmente levando o treino e a dieta a sério e não ancançam resultados, existem algumas possibilidades. O treino inadequado ou desequilíbrios no organismo, desde hormonais, a problemas de disgestão que levam à lentidão do metabolismo ou retenção hídrica.
Alguns nutricionistas afirmam que muitas pessoas com sobrepeso, com dietas
restritivas e padecendo de vários distúrbios funcionais, são os
exemplos mais comuns da má nutrição, intolerância alimentar ou alergia
alimentar.
A retirada de alimentos alérgenos, com manutenção da mesma
ingestão calórica, favorece a perda de peso e melhora dos distúrbios
funcionais.
Este tipo de reação pode manifestar-se de 2 a 72 horas após a ingestão
do alimento, por essa razão é de dificil diagnóstico, o qual é
identificado pelos sinais e sintomas clínicos e pelos testes de
alergias alimentares.
É difícil acreditar que um simples alimento ingerido todos
os dias pode ser alérgeno. O alimento alérgeno causa inflamação e
inchaço no organismo e nos órgãos, levando à obesidade alérgica.
Os alimentos mais comuns, causadores de
obesidade alérgica, são: lactose, glúten e soja, mas qualquer outro alimento pode ser alérgeno para o aumento de peso, depende de cada organismo.
O alimento alérgeno aumenta a permeabilidade intestinal
(passagem de alimentos pelo intestino) mesmo em jejum. O trato
digestivo tem a tendência natural de afastar qualquer substância que o
sistema imunológico identifique como danosa ou tóxica. Quando um
alimento torna-se alérgeno, o trato digestivo fará o que puder para
encurtar o caminho, através da diarréia ou intestino solto, e prevenir
sua absorção. Através da reação dos anticorpos contra o alimento
alérgeno no intestino, o organismo tenta eliminar a partícula alimentar
alérgica através dos intestinos delgado e grosso, antes que essa
partícula possa passar para a corrente sanguínea levando ao inchaço,
inflamação e aumento de peso.
Esse alimento não absorvido não proverá nutrição para o
organismo, além de diminuir a absorção de outros nutrientes necessários
ao metabolismo como as vitaminas, minerais e aminoácidos. Assim, o
indivíduo alérgico ficará mal nutrido, e, ao passo que aumenta o
consumo do alimento alérgeno, torna-se mais inflamado, mais inchado,
mais desnutrido e mais dependente do alimento, pois ele age como uma
droga, levando ao vício. Por essa razão, as pessoas alérgenas comem
compulsivamente ou exageradamente justamente o alimento ao qual ela é
alérgena.
Os alimentos alérgenos também podem causar constipação (intestino preso), chamada de constipação alérgica.
Como indentificar esses alimentos?
Desejo de comer as mesmas coisas
todos dias, pode ser um indício de vício alérgico. O excesso desse
alimento, ingerido durante anos, torna o corpo sensível a ele, e é
justamente o alimento que mais desejamos. É um círculo vicioso. Esses
alimentos vão causando a liberação de substâncias vasoativas
(verdadeiras opióides) por meio das reações imunes levando a uma
“depedência química” do alimento, aumentando a necessidade de sua
ingestão.
Quem é intolerante a algum alimento, tem um atraso nas
reações imunológicas do corpo. Isso pode acontecer no decorrer de
algumas horas ou dias após a ingestão dos alimentos agressores. Os
efeitos colaterais desses alimentos podem variar de irritação
intestinal a erupções na pele, ulcerações na boca e estômago, doença de
Crohn, Doença Celíaca, cólicas, problemas auditivos, cansaço,
coceiras, alergias de pele, tosse, renites, só para citar alguns.
O problema é que, quando comemos todos os dias alimentos aos
quais somos intolerantes, provocamos um atraso drástico no
metabolismo. A função das enzimas digestivas fica prejudicada, o que
significa que o corpo não decompõe bem os nutrientes. Portanto, todas
essas situações levam a obesidade alérgica.
É importante que façamos sempre um rodízio dos alimentos. Se comer um alimento
hoje, tentar não comê-lo novamente, por três ou quatro dias. Assim,
evitam-se as alergias alimentares.
Para identificar o alimento alérgeno utilize os seguintes métodos: responda a pergunta: “Qual é o alimento que você teria dificuldade de parar de consumir”? É muito provável que esse alimento seja alérgico à você. Tire esse alimento,
o qual, você tem necessidade de ingerir, por 15 dias, passados 15
dias, coma-o durante 2 dias seguidos, 3 vezes no dia, e, observe as
reações, você irá descobrir que tipo de reações o alimento causa em seu
corpo. Preste atenção e faça sua própria avaliação.
Você pode fazer o teste de alergias ou intolerâncias
alimentares, assim, poderá saber quais alimentos estão provocando
aumento de peso, sensação ruim, cansaço, letargia e inchaço. Procure um
nutricionista.
Após a ingestão de um alimento alérgeno, normalmente, seu
coração acelera um pouco, preste atenção nas batidas do seu coração, ou
na sensação de falta de ar após a ingestão do alimento, isso ajuda a
identificar os possíveis alimentos alérgenos.
O leite é o alimento mais alérgico que se conhece, provoca
inúmeras alergias, tanto de pele quanto alergias inflamatórias em vários
órgãos e sistemas.
Isso porque, o leite de vaca tem alto teor de gordura,
lactose e a proteína caseína que é de difícil digestão no organismo
humano. Por esta razão, o leite de vaca pode provocar reações alérgicas
como asma, dor de ouvido, coriza, catarro, erupções cutâneas, letargia
e irritabilidade.
Se você for intolerânte à lactose, pode sofrer de inchaço,
flatulência, diarréia ou constipação. Experimente os leites mais
digestivos de cabra, soja, arroz, nozes e aveia. Se cortar os
laticínios, não precisa se preocupar com o cálcio, pelo fato, do cálcio
do leite de vaca ser muito pouco absorvido e utilizado de maneira
correta pelo organismo, apenas mantenha o consumo de cálcio com
alimentos ricos em cálcio como o tofu, soja, legumes, nozes, sementes,
castanhas, verduras, frutas com casca e amaranto.
Há varias correntes que divergem nesse assunto, muitos serão os testes para que se chegue a uma comprovação. Por enquanto, faça o seu teste e tire suas conclusões, não estou aqui para recomendar ninguém a parar de comer esse ou aquele alimento, até porque não sou nutricionista, esse é apenas um alerta para um assunto recorrente.
Alimentos ricos em cálcio e sem lactose
- Carnes magras (como as de frango);
- Amêndoas tostadas;
- Sementes de gergelim tostadas
- Grãos e cereais (aveia, feijão branco, feijão preto, grão de bico);
- Bebidas (leite de soja, suco de laranja fortificado com cálcio e vitamina D, leite com baixo teor de lactose);
- Vegetais (nabo, quiabo, brócolis, couve, beterraba, espinafre);
- Todas as frutas (principalmente a tangerina);
- Azeite virgem e óleo de sementes;
- Peixes frescos ou congelados;
- Tofus, soja e derivados.