quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Uma noite de pouco sono pode aumentar o apetite e conduzir à obesidade.

   Há algum tempo postei aqui pesquisas sobre o aumento de peso entre trabalhadores que iniciaram trabalho noturno. Estudo versava sobre alterações hormonais e na forma de alimentar-se de trabalhadores que passam a noite acordados, ocasionando aumento de gordura corporal.
  Uma nova pesquisa nos EUA analisou artigos médicos publicados entre os anos de 1996 e 2011.
   Esta grande revisão de artigos médicos publicados entre 1996 e 2011 comprova que dormir menos que o necessário causa alterações nos hormônios que podem aumentar o apetite e favorecendo a obesidade. As são da Universidade Estadual da Pensilvânia, que publicou o estudo na revista "Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics".
  Segundo os autores, que elaboraram tabelas comparativas sobre o funcionamento do metabolismo e o consumo energético dos pacientes, os níveis de hormônios como grelina (que controla e fome) subiram e os de leptina (que age sobre o apetite e o gasto de energia) diminuíram durante a privação de sono, o que pode agir sobre o ganho de peso.
   A equipe estudou as taxas de insulina (hormônio do pâncreas, que decompõe o açúcar), glicose (açúcar) e cortisol (hormônio do estresse) dos indivíduos estudados. Foi encontrada uma menor sensibilidade à insulina, o que pode elevar o risco de diabetes.
   A Professora de ciências da nutrição Sharon Nickols-Richardson, destaca que mudar o estilo de vida, como foco na alimentação e na atividade física, é importante para controlar a gordura corporal, mas alterações na rotina diária, como a adoção de melhores hábitos de sono, também ajudam a regular o balanço energético e o peso corporal.
   A pesquisa afirma que são necessários novos trabalhos para determinar os efeitos da privação de sono sobre a composição corporal.
   Dados americanos apontam que mais de 35% dos adultos estão obesos e 28% destes dormem menos de 6 horas por noite. 

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

VITAMINA C TAMBÉM PODE AJUDAR A PREVENIR OSTEOPOROSE


   Pesquisa feita com animais foi a primeira a observar esse efeito protetor sobre a perda da densidade óssea. Antes, só vitamina D e cálcio haviam demonstrado em pesquisas serem eficazes contra a doença. 
   Pela primeira vez, um estudo mostrou que a vitamina C pode proteger uma pessoa contra a osteoporose, uma doença progressiva que diminui a densidade dos ossos e aumenta o risco de fraturas. Até agora, somente o consumo de cálcio e vitamina D são recomendados para a prevenção do problema. A pesquisa, feita com camundongos, foi publicada nesta semana no periódico PLoS One.
   De acordo com Mone Zaidi, diretor do Programa para os Ossos da Faculdade de Medicina Monte Sinai, nos Estados Unidos, e coordenador do estudo, os especialistas já sabiam que baixos níveis de vitamina C estão associados, entre outros problemas de saúde, à fragilidade dos ossos. "O que essa pesquisa mostrou de novo é que a vitamina C, quando ingerida em grandes quantidades por camundongos, estimula o aumento da densidade óssea nos animais e protege o esqueleto", diz o pesquisador. Ele explica que isso ocorre pois o nutriente induz os osteoblastos, células que estimulam a formação óssea, a amadurecerem.
   
   Comparação — Na pesquisa, os camundongos tiveram seus ovários retirados — procedimento conhecido por provocar a redução da densidade óssea. Parte dos animais recebeu doses altas da vitamina C via oral e o restante não ingeriu o nutriente. Após oito semanas, a equipe observou que os camundongos sem ovários que não receberam a vitamina apresentaram uma densidade óssea "muito baixa" em comparação com os animais sem ovários que ingeriram o nutriente. Por outro lado, os camundongos que receberam vitamina C apresentaram a mesma densidade óssea do que animais que não haviam passado pela cirurgia.
   
   De acordo com os autores, esses resultados sugerem que a vitamina C foi a responsável por impedir a perda de densidade dos ossos em animais propensos a apresentar o problema. "Mais pesquisas são necessárias para determinar se esses suplementos alimentares são capazes de prevenir a osteoporose em humanos. Se os estudos futuros confirmarem os nossos achados, a descoberta poderá ser útil em países em desenvolvimento onde a doença é prevalente e os tratamentos são, muitas vezes, caros", afirma Zaidi. 
Fonte: Revista Veja

Maioria dos brasileiros desconhece sua taxa de colesterol





  Colesterol elevado é um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares. 
   O estudo intitulado Coração sob Controle, realizado em agosto deste ano pelo Ibope com 2002 pessoas de todas as regiões do País, revela que mais da metade (62%) das pessoas acima de 40 anos desconhece sua taxa de colesterol. Ainda segundo a pesquisa, 72% dos entrevistados nesta faixa etária não consomem seis porções diárias de frutas e verduras diariamente e 74% não fazem atividade física regularmente — hábitos fundamentais para o controle dos níveis desta gordura no sangue.
    Conforme explica o nutrólogo Dr. José Ernesto dos Santos, professor do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), os resultados da pesquisa refletem a dificuldade de adotar novo estilo de vida.
   Mudar hábitos é extremamente difícil, mas é preciso ter consciência de que adotar uma dieta balanceada e praticar exercícios são fundamentais para o controle do colesterol. Somente se esta estratégia terapêutica não funcionar, é que será necessária a associação de medicamentos.
   Apesar de a maioria dos entrevistados (87%) garantirem estar dispostos a adotar uma dieta mais saudável, na prática apenas 24% come seis porções de frutas e verduras diariamente. No quesito exercício físico, o mesmo acontece, ou seja, 79% querem se movimentar mais, no entanto somente 32% se exercitam 30 minutos diários cinco vezes por semana.
    Segundo o especialista, o colesterol elevado é um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, especialmente em pessoas acima de 40 anos. Ele lembra que a causa mais comum do aumento do colesterol é uma dieta inadequada associada a fatores genéticos, obesidade, sedentarismo e tabagismo.
    É importante eliminar da dieta alimentos ricos em gorduras saturadas e trans, como bacon, creme de leite e manteiga, para incluir opções com fibras solúveis e fitosterol, como maçã, tomate, castanhas-de-caju entre outros.

Fitosterol
  Provavelmente você já ouviu falar sobre esta substância química, mas nem imagina que ela é encontrada apenas nos óleos vegetais e nas oleaginosas e que para obter 1 g de fitosterol seria necessário consumir 280 castanhas-de-caju ou 75 maçãs.
    Algumas pesquisas científicas mostram que apenas 1 g de fitosterol por dia reflete em benefícios para a saúde do coração. Isso porque, conforme explica o Dr. Ernesto, ele desempenha função semelhante ao do colesterol no organismo.
    O fitosterol bloqueia a absorção do colesterol ruim pelo organismo, mas como ele não pode ser obtido somente pela dieta alimentar, é preciso recorrer aos suplementos vitamínicos com fitosterol.
Fonte: R7