quarta-feira, 25 de abril de 2012

FÉRIAS PARA A BALANÇA!

   Por várias vezes percebi alunas, principalmente elas, subindo na balança da academia todos os dias, ou até 2 vezes por dia, uma ao chegar e outra ao ir embora. 
   Por várias vezes também pedi que não fizessesm isso, que evitassem esse vício diário, pois esse costume poderia atrapalhar, e em muitas vezes atrapalha mesmo, o processo do emagrecimento. Se não emagrecemos de um dia para o outro, para que se pesar todos os dias? Só mesmo para gerar mais ansiedade e assim dificultar que se alcance o objetivo.
   Pensando nelas, explicarei com detalhes como funciona o processo baseado em tese da nutricionista Adriana kachani. Esta tese foi defendida no Instituto de Psiquiatria da USP.
   A briga com a balança pode desencadear ansiedade, dependência e fuga depois de um fim de semana de abusos na alimentação. 
   Essa "neura" pode atrapalhar todo um trabalho de emagrecimento. 

   A pesquisa da nutricionista foi aplicada em 125 pessoas com ou sem transtornos alimentares, como anorexia e bulimia. Os resultados mostraram que as mais insatisfeitas com seus corpos se pesam mais e que a maioria sobe na balança querendo mais coisas além de saber o peso, se pesam também para saber o quanto podem comer ou se precisam fazer mais exercício. Outros sobem na balança todos os dias para se lembrar de que não estão magros e precisam malhar. 
   Pesar-se demais não quer dizer necessariamente que a pessoa tenha transtorno alimentar, mas, segundo Táki Cordás, psiquiatra e co-orientador da tese, é um alerta de que é preciso observar outros sinais, por exemplo, se ela tem preocupação exagerada com o físico, se ela pauta a vida pela pesagem e se fica angustiada quando não se pesa.
   Há outros vícios para conferir as medidas, como olhar no espelho repetidamente, experimentar roupas ou apertar dobrinhas.
   Quando os números da balança não agradam, a frustação pode ser grande. "Depois de decepções a pessoa pode parar de se pesar. Isso só atrapalha. A pesagem é fundamental para quem quer perder peso", diz Kachani.
   Há casos de pessoas que juram de pés juntos que, em um dia, podem engordar um quilo e meio. Já outros vêem o peso diminuir de segunda a sexta e aumentar nos fins de semana.
   Os dois não estão errados: o peso pode variar de um dia para outro. Mas não podemos nos esquecer de que 70% do nosso peso é água. Se você tomou mais líquido e urinou menos já justifica a mudança.
   Durante o dia, só com comida e bebida dá para ganhar mais de um quilo. Depois de metabolizados, alimentos mais salgados ou condimentados (como comida japonesa) ajudam a reter líquidos e influenciam no peso.
   Outros fatores, como mal funcionamento do intestino, hormônios femininos e atividade física também interferem. Dependendo da pessoa, um jantar pode render até dois quilos a mais nos próximos três dias. Esse ganho de peso, porém, não é real.
   Mesmo a gordura sendo metabolizada rapidamente, só dá para saber se a pessoa engordou depois de uns quatro dias, de acordo com os médicos. Por essas e outras eles não recomendam a pesagem diária, muito menos mais de uma vez por dia, antes ou depois de exercícios.
   Por isso insistir nessas manias que geram mais ansiedade, como se pesar repetidamente só vai dificultar.
   Como a perda de peso saudável deve ser gradual (500 g por semana), o ideal é subir na balança semanalmente ou até quinzenalmente.
   Outro fator importantíssimo a observar é o aumento da massa magra (muscular), que vai interferir diretamente no peso total.
   O que sempre indico aos meus alunos é conferir exporadicamente se está emagrecendo pelas roupas que estavam apertadas ou furo do cinto que costumava usar, assim dá pra ter alguma noção do processo. Mas fundamental é a cada 2 ou 3 meses de treino fazer uma avaliação física, assim, poderemos estimar a gordura que "foi embora" e a musculatura que "adiquiriu".

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